Marie Curie e a Radioatividade

Em uma das nossas primeiras postagens resolvemos homenagear uma das maiores cientista de todos os tempos, Marie Salomee  Slowdoska a qual temos  profunda admiração pela sua garra, força de vontade, inteligência,  e que em muitos momentos  serviu de inspiração para muitos físicos.

Não esgotaremos sua vida  nesta publicação, na verdade a vida de Marie Curie merece uma web serie que em breve, você poderá assistir. Esta publicação irá relatar algo mais recente da vida desta heroína.

No dia 20 de abril de 1995, um tapete branco cobria a rua do Souf-flot, quarteirão a quarteirão até o Phanteon. A guarda republicana percorria a extensão branca ao som da Marselhesa. As pessoas que assistiam o cortejo fúnebre atiravam flores, lá estavam professores do Instituto Curie e estudantes do curso secundário. E também François Mitterrand que estava nas últimas semanas de sua presidência de 14 anos, sofrendo de câncer e mesmo assim, fez seu ultimo discurso as “mulheres da França” e num gesto dramático depositou no Phanteon as cinzas de Madame Curie e seu marido Pierre.

Marie (Marya Salomee Sklodowska Curie) foi a primeira mulher a ser enterrada ali por suas realizações.

Os Curies haviam sido exumados do subúrbio de Sceaux para se juntarem a imortais franceses como conde de  Mirabeau, Jean-Jacques Rousseau,  Victor Hugo, Voltaire, Jean-Baptiste Perrin e Paul Lagevin.

Lá estavam ao lado  de Mitterrand Lech Walesa presidente da Polônia, a terra natal de Madame Curie, a filha Eve netos Helene Longevin Joliot e Pierre Joliot ambos cientistas notáveis.

Pierre Gilles de Gennes diretor da Escola de Física e Química Industrial da cidade de Paris onde Marie e Pierre descobriram o Rádio e o Polônio, Pierre Gilles foi o primeiro a discursar e disse que a família Curie representava a memoria coletiva do povo da França e a beleza do auto sacrifício. Lech Walesa destacou as origens polonesas de Marie como uma patriota tanto da Polônia como da França.  François Mitterrand destaca:

Esta transferência das cinzas de Pierre e Marie Curie para o nosso santuário mais sagrado não é apenas um ato de lembrança, mas também um ato em que a França afirma a sua fé na ciência, na pesquisa, e nós afirmamos o nosso respeito por aqueles que consagramos aqui, por sua força e suas vidas. A cerimônia de hoje é um gesto deliberado de acolhimento do Panthéon a primeira-dama de nossa honrada história. É um símbolo que chama a atenção de nossa nação, a luta exemplar de uma mulher que decidiu impor suas habilidades em uma sociedade onde as habilidades, a exploração intelectual e a responsabilidade pública estavam reservadas aos homens.

A vida de Madame Curie foi realmente inspiradora vinda de uma família polonesa pobre, trabalhou 8 anos para ganhar dinheiro e estudar na Sorbone. Em 1893 Madame Curie tornou-se a primeira mulher a receber um diploma de física pela Sorbone, no ano seguinte recebeu o de matemática. Foi a primeira mulher nomeada professora na Sorbone, a primeira a receber dois Prêmio Nobel, primeiro de física junto com o marido Pierre, Henri Becquerel (pela descoberta da radioatividade) o segundo de química 8 anos depois pelo isolamento do polônio e do Rádio.

Foi a primeira mulher a ser eleita para a Academia Francesa de Medicina. Além de uma carreira espetacular, criou as duas filhas Eve e Irene em grande parte sozinha e cuidou para que fossem educadas, fisicamente fortes e independentes.

Madame Curie talvez ainda seja a mulher cientista mais famosa do mundo o elemento rádio é considerada sua maior descoberta com contribuição enorme na cura do câncer por meio da radioterapia.

Nós últimos 100 anos a vida de Marie Curie tornou-se uma imagem de perfeição, mas vale lembrar que por detrás dessa imagem existiu uma mulher real que amou, sofreu, trabalhou duro e superou.

29/01/2017

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