Ter um bom currículo é imprescindível para conseguir se destacar no mercado de trabalho. Mas ter uma sólida experiência profissional, uma excelente qualificação, saber falar algum idioma e participar de cursos de atualização já não são garantias suficientes para se ter sucesso profissional. As competências comportamentais e a falta de controle emocional podem atrapalhar e muito um profissional qualificado que queira se sobressair no mercado, mas não tenha cuidado desse lado de sua carreira.
A correria do dia a dia, a pressão do trabalho, muitas decisões a serem tomadas, metas ambiciosas a serem cumpridas, projetos a serem realizados e outros momentos de estresse são muito comuns e podem levar a perda do controle emocional. Esse nervosismo pode afetar inteiramente a relação com os outros, sejam eles colegas de trabalho, chefes, pacientes. Podem também levar a erros de procedimentos, falhas na conduta profissional tudo em razão da falta de equilíbrio.
No ambiente hospitalar e clínico temos situações de emoção extrema pois é um ambiente de urgências, emergências, acidentes, de pessoas que buscam tratamento, exames, encontrar a cura. Muitas vezes esses pacientes chegam em desequilíbrio, com traços de tristeza, melancolia, agressividade. O profissional da saúde necessita identificar esses sentimentos para poder interagir, desenvolver autocontrole, e enfrentar o estresse que essas situações causam.
O profissional, portanto, necessita estar treinado e capacitado para lidar com emoções e atendimentos extremos, onde o paciente chega fraturado, baleado, debilitado pelo estado crítico de saúde, que pode leva-lo a perder a vida. Isso leva a uma reflexão sobre perdas, onde o profissional da saúde não pode ficar frio a ponto de não ter empatia, que é sentir o sentimento que o outro está sentindo, ou ficar extremamente abalado com a perda a ponto de desistir da profissão que escolheu. O equilíbrio emocional é desejado e essencial.
Ser capaz de manter o autocontrole pode fazer toda diferença entre um trabalho bem-sucedido, meta cumprida ou, pelo contrário ter um baixo desempenho e até mesmo causar um conflito desnecessário com parceiros de trabalho, subordinados e líderes.
O autocontrole fortalece de forma expressiva as qualidades e habilidades do profissional, e ao mesmo tempo, reduz de forma significativa os defeitos e “gaps” de desenvolvimento.
Não é possível controlar o mundo, mas o profissional deve criar condições de aprender a dominar as suas reações, mesmo diante das ocasiões mais estressantes.
E esse aprendizado sobre controlar as emoções e agir em perfeito equilíbrio é que pode fazer a diferença!!!!!!!!
Pense nisso!!
Arnaldo Pereira dos Santos
Psicólogo e Professor
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